Em clássico quente e com gols no fim, Atlético-MG e Cruzeiro empatam

Jogo truncado, com muitos cartões, Raposa e Galo empatam por 2 a 2 mesmo com lance genial de Ronaldinho Gaúcho
Léo tenta parar Ronaldinho Gaúcho: meia fez golaço, mas não conseguiu dar vitória ao Galo / Washington Alves/VIPCOMM
Léo tenta parar Ronaldinho Gaúcho:Washington Alves/VIPCOMM
O primeiro clássico em Belo Horizonte após dois anos de jogos em Sete Lagoas terminou com empate em 2 a 2, resultado que foi decidido nos últimos minutos de jogos. Nem um lance de genialidade de Ronaldinho Gaúcho, que marcou aos 46 do segundo tempo em uma arrancada espetacular que culminou com o mais belo gol marcado pelo craque desde a sua chegada no Galo, levou o time alvinegro a sua primeira vitória sobre o rival desde dezembro de 2011.

O Cruzeiro e Atlético que teve apenas a torcida celeste presente no Independência, neste domingo, viu um duelo duro, com muita marcação, doze cartões (nove amarelos e três vermelhos) e poucas oportunidades de gol de ambas as partes. Os gols foram marcados por Wallyson aos 17 e Leonardo Silva, aos 47, ambos no primeiro tempo. Ronaldinho Gaúcho, aos 46, e Mateus, aos 56, deram números finais no segundo tempo.

A Raposa chega aos 28 pontos, mas não deixou o oitavo lugar. O Galo confirmou sua posição como melhor time do primeiro turno com 43 pontos e um jogo a menos nesta edição 2012 do Brasileirão.

O saldo geral do jogo foi muito ruim para o espetáculo graças às ações da torcida celeste durante o jogo. O comportamento da torcida em campo não foi dos melhores. Durante boa parte do jogo, foram jogados copos de água, objetos duros como relógios, o que poderá prejudicar o Cruzeiro por ser o mandante do campo.

Uma faixa pedindo para a torcida evitar o lançamento de coisas em campo foi ignorado e o alvo principal foi o árbitro Nielson Nogueira que paralisou a partida por mais de sete minutos pelo excesso de objetos no gramado, tendo ameçado de encerramento da partida várias vezes, pois até celular fora foi jogado no local da partida.

O jogo

Os dois times entraram tensos em campo. Talvez a ansiedade, a pressão dos momentos distintos na tabela e o revanchismo por parte do Galo gerou mais lances de desarmes, do que chances de gol. Os jogadores de meio de campo, principalmente os volantes, sempre levavam vantagem sobre os atacantes.

Ronaldinho Gaúcho era seguido de perto por Leandro Guerreiro, Montillo tinha pierre na cola e as duas principais fontes de jogadas ofensivas do clássico estavam travadas. Esse jogo truncado, de muita marcação gerou lances ríspidos e até uma confusão entre Bernard, Marcos Rocha e Ewerton, que se tornou generalizada. Só no primeiro tempo, o árbitro Nielson Nogueira distribuiiu sete cartões amarelos, sendo cinco para a Raposa e dois para o Galo.

Cruzeiro e Atético tiveram apenas um lance lúcido durante o primeiro tempo, justamente os gols. No momento em que Montillo teve um segundo de liberdade, ele lançou Ewerton pela esquerda, que recebeu, viu Wallyson livre na área para marcar aos 17 minutos, para a surpresa do goleiro Victor.

O mesmo momento de lucidez pode ser aplicado ao Galo. Ronaldinho Gaúcho recebeu uma falta perto da área, bateu para área, a defesa rebatou e Leonardo Silva pegou o rebote de primeira e acertou o ângulo esquerdo de Fábio, aos 47 minutos, recolocando o líder do campeonato no jogo, diminuindo a pressão do time em não sair perdendo a primeira etapa.

Segundo tempo


A vontade excessiva do primeiro tempo se repetiu na etapa final do jogo, porém o grande e negativo destaque foi a torcida que insistiu em arremessar objetos em campo, ameaçando o prosseguimento da partida. O bom jogo ficou em segundo plano e as duas equipes se preocupavam mais em evitar na base da força o ataque adversário.

Jô, Lucas Silva, Montillo e o R49 tentaram dar um tempero a mais, porém, sem grande efetividade.  Leandro Guerreiro e Bernard protagonizaram o lance mais feio em campo. Iniciaram uma confusão que culminou na expulsão de ambos aos 12 minutos, deixando o clássico parado por sete minutos e  mais feio para que assistia.

A entrada de Guilherme no lugar de Danilinho deveria dar um toque mais refinado no Galo, mas houve pouca movimentação do meia. O Cruzeiro fez trocas no time pelas contusões de Fabinho, no primeiro tempo, e Ewerton, no segundo, impossibilitando para Celso Roth alguma alternativa tática na equipe. Marcelo Oliveira preenchou o lado esquerdo e Wallyson ficou aberto pela direita no ataque azul.

As jogadas mais eficientes de ambos saiam dos volantes que recuperavam a bola e faziam um passe longo, como Pierre para Guilherme e Lucas Silva que deixou Borges na cara do gol, com defesa de Victor, contando com a sorte, pois a bola passou por baixo do seu braço direito.

Após tantos momentos de dureza e lances toscos na partida, eis que surge a sensibilidade, a percepção do craque. Ronaldinho Gaúcho rouba a bola no meio de campo, arranca, passa por Marcelo Oliveira, recebe o combate de Lucas Silva que também é batido, em uma última tentativa de evitar o pior, Marcelo Oliveira chega de forma afobada e leva mais um drible do Gaúcho que olha o canto esquerdo de Fábio e faz um gol lindo em seu primeiro clássico mineiro aos 46 minutos do segundo tempo.

A reação celeste foi na base da raça e aos 56 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro tirou da cartola o empate que teve sabor de vitória para a parte azul da cidade, dadas as circunstâncias do jogo. 








FONTE:BAND

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