Ibovespa fechou em alta de 0,74%, após três pregões seguidos de baixa. Ações do setor elétrico recuperaram parte das perdas dos últimos dias.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta quarta-feira (9), após três pregões seguidos de perdas, ajudado pelo cenário externo positivo e pela recuperação de companhias elétricas na sessão.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subiu 0,74%, aos 61.578 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,5 bilhões. Na véspera, Bovespa fechou em queda de 1,30%, a 61.127 pontos.
As ações do setor elétrico lideraram as altas do dia na Bovespa, recuperando parte da desvalorização dos últimos dias provocada por temores de um possível racionamento de energia no Brasil
Comentários do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que voltou a negar nesta quarta-feira risco de racionamento de energia no país, deram fôlego adicional ao avanço do setor, que foi liderado pela preferencial da Cesp, que subiu 6,72%.

Analistas do JP Morgan destacaram em relatório que as ações da Cesp estariam entre as beneficiadas no curto prazo num cenário de preço maior de energia no mercado spot devido ao acionamento de térmicas.

As ações preferenciais de Cemig e as ordinárias da Light completaram a lista das principais valorizações do Ibovespa, com alta de 5,58% e 4,56%,  respectivamente.

O Índice de Energia Elétrica (IEE), que reúne as ações das empresas do setor, fechou em alta de 2,44%.

Ao término da  reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, Lobão disse que o país tem um “estoque firme” de energia para sustentar o consumo nos próximos meses.

“Ficou a tranquilidade reiterada de que o país possui o estoque de energia firme, seguro e em condições de atender a todas as nossas necessidades”, disse Lobão.
 
Outros destaques da Bovespa
Dentre as blue chips, a preferencial da Vale subiu 0,5% nesta quarta-feira, e a da Petrobras teve alta de 0,92%. Já OGX perdeu 0,21%.

Apesar da alta nesta quarta-feira do Ibovespa, o analista João Luiz Piccioni, da Petra Asset, destacou que o mercado só deve conseguir definir um rumo mais claro a partir de fevereiro.

"Os investidores vão mostrar um pouco de cautela até lá,quando começam a sair os balanços das empresas brasileiras do quarto trimestre e a questão do limite da dívida dos Estados Unidos volta com força", avaliou.

Liderando a ponta negativa, Cielo perdeu 3,36%. Em relatório, analistas do Credit Suisse afirmaram que umpotencial menor nível de divulgação de informações pela empresa e expectativa de resultados abaixo do consenso podem motivar realização de lucros no curto prazo.

Na cena externa, investidores mostraram maior apetite porativos de risco, embora ainda com cautela, após a gigante do setor de alumínio Alcoa ter aberto a temporada debalanços dos  Estados Unidos traçando um cenário otimista para a demanda global.


FONTE:G1